Sonhos Sonhados
Embaraçante aquela umidade em seu rosto. Levantou-se. Desligou o computador. Apagou a luz e pôs-se a relembrar o momento aflitivo por que passara. Deitada, manteve-se em silêncio absoluto. Pensava apenas. Mas não conseguia sonhar. Mantinha um duelo íntimo com essas lembranças que incomodavam.... Chorava? Sentia-se boba, insegura.
A morna sensação de tristeza ia se dispersando na madrugada. Pequenas coisas, pequenos céus pareciam perambular pela sua memória. Palavras. Muitas delas. Todas povoando os vazios de sua alma. Onde encontraria as respostas que buscava?
Cruzou as pernas tentando dissipar o desconforto e a tensão Na escuridão, miríades de estrelinhas imaginárias circulavam pelo seu quarto... Pensava no mar, na maresia., os tais caminhos já percorridos. O mar varrendo o passado e o repetido prazer de encontrar nele um sorriso que nunca vira.
Escutava os sons da noite. Remexia-se impaciente na cama. O sono não chegava! Pensamentos esvoaçantes iam e vinham... Mas... estava ali deitada, estranha, sem reação, sem vontades nem desejos. Olhava para o teto, para as paredes negras da noite. Sentia um par de olhos seguindo seus movimentos... O mesmo que incognitamente vasculhava sua vida através da telinha e a acompanhava noite após noite, madrugada a dentro. Suspirou longa e pausadamente... Lembrou-se novamente de seu discurso sentido e triste. Queria passar incólume por tudo isso, não como uma presa, mas por entre admiração e respeito.
Passou os dedos por entre os cabelos em desalinho e fechou os olhos desalentada. Tentava não pensar, mas tudo lhe vinha aos borbotões. Tudo lhe soava como um instigante mistério. Queria saber, sentir a verdade. Por que lhe sonegavam a verdade?
Enrodilhou-se procurou abrigo no interior do novelo que lhe enchia o peito. Sentiu que a saudade não morava longe. Habitava ali mesmo na sua solidão.
Não lhe vinham respostas. Somente as estrelas bebiam-lhe as lágrimas dos sonhos sonhados.
Embaraçante aquela umidade em seu rosto. Levantou-se. Desligou o computador. Apagou a luz e pôs-se a relembrar o momento aflitivo por que passara. Deitada, manteve-se em silêncio absoluto. Pensava apenas. Mas não conseguia sonhar. Mantinha um duelo íntimo com essas lembranças que incomodavam.... Chorava? Sentia-se boba, insegura.
A morna sensação de tristeza ia se dispersando na madrugada. Pequenas coisas, pequenos céus pareciam perambular pela sua memória. Palavras. Muitas delas. Todas povoando os vazios de sua alma. Onde encontraria as respostas que buscava?
Cruzou as pernas tentando dissipar o desconforto e a tensão Na escuridão, miríades de estrelinhas imaginárias circulavam pelo seu quarto... Pensava no mar, na maresia., os tais caminhos já percorridos. O mar varrendo o passado e o repetido prazer de encontrar nele um sorriso que nunca vira.
Escutava os sons da noite. Remexia-se impaciente na cama. O sono não chegava! Pensamentos esvoaçantes iam e vinham... Mas... estava ali deitada, estranha, sem reação, sem vontades nem desejos. Olhava para o teto, para as paredes negras da noite. Sentia um par de olhos seguindo seus movimentos... O mesmo que incognitamente vasculhava sua vida através da telinha e a acompanhava noite após noite, madrugada a dentro. Suspirou longa e pausadamente... Lembrou-se novamente de seu discurso sentido e triste. Queria passar incólume por tudo isso, não como uma presa, mas por entre admiração e respeito.
Passou os dedos por entre os cabelos em desalinho e fechou os olhos desalentada. Tentava não pensar, mas tudo lhe vinha aos borbotões. Tudo lhe soava como um instigante mistério. Queria saber, sentir a verdade. Por que lhe sonegavam a verdade?
Enrodilhou-se procurou abrigo no interior do novelo que lhe enchia o peito. Sentiu que a saudade não morava longe. Habitava ali mesmo na sua solidão.
Não lhe vinham respostas. Somente as estrelas bebiam-lhe as lágrimas dos sonhos sonhados.
(Claude Bloc)